Em um post em seu blog sobre segurança na internet, o Google falou sobre o problema dos injetores de anúncios: softwares maliciosos que inserem novas propagandas nas páginas que o usuário visita, às vezes até sobrepondo outras que já existem. A empresa já recebeu mais de 100 mil reclamações de usuários sobre isso, só nesse ano, e realizou um estudo para entender melhor como esses programas funcionam.

Como funciona?

Os injetores de anúncios infectam os navegadores dos usuários por meio de programas maliciosos ou extensões para o navegador. O Google identificou mais de 50 mil extensões do Chrome e mais de 34 mil aplicações que conseguiam controlar as propagandas dos navegadores. Mais de 30% deles, além disso, também roubavam credenciais de conta, gravavam dados de formulários preenchidos pelos usuários e monitoravam seu uso da internet.

Esses softwares são distribuídos por uma rede de mais de mil afiliados, que ganham uma comissão sempre que o usuário clica em uma propaganda "injetada". Essas propagandas são escolhidas por empresas como Superfish e Jollywallet, que possuem "bibliotecas de injeção" e também lucram quando os isiários infectados clicam em seus anúncios.

Empresas grandes, como Walmart e Ebay, acabam perdendo espaço para esses outros anúncios. As marcas cujos anúncios são "injetados", porém, muitas vezes não se dão conta de que estão recebendo tráfego por conta de práticas maliciosas, já que só conseguem visualizar o último clique que as levou até seu site. Segundo o Google, 77% de todas as propagandas "injetadas" passam por uma dessas três redes: dealtime.com, pricegrabber.com e bizrate.com.

Combate

Para combater esse tipo de prática, o Google criou medidas de segurança na sua Web Store e removeu 192 extensões suspeitas. A empresa também melhorou as proteções contra downloads suspeitos no Chrome e ofereceu uma ferramenta para que usuários infectados limpem seu navegador.

Empresas afetadas por anúncios "injetados" também foram notificadas pelo Google, e a empresa também atualizou os termos do AdWords para dificultar a promoção de softwares maliciosos na por meio da plataforma. No entanto, a empresa considera que, por conta da grande quantidade de participantes envolvidos, o combate a esse problema exige um esforço conjunto de todos os anunciantes e negócios.

Fonte: olhardigital.uol.com.br